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Eleições Caco 2015

O Coletivo Direito de Resistência vem agradecer a todx alunx que participou e legitimou esta eleição que passamos....

1ª Semana da Resistência

O Direito de Resistência e a Criminalização dos Movimentos Sociais

Liberdade para todos os presos políticos. Lutar não é crime

Liberdade para todos os presos políticos. Lutar não é crime

24 de novembro de 2015

NOTA DO COLETIVO DIREITO DE RESISTÊNCIA SOBRE O NOVO REGIMENTO DA FND-UFRJ


NOTA SOBRE A SOBRE A PROPOSTA DO NOVO REGIMENTO DA FND-UFRJ

:: PRAZO SIM, PRESSA NÃO. 
Como esse projeto se relaciona diretamente com nossa vida acadêmica e com o futuro da FND, temos que participar ativamente do processo de discussão e deliberação do novo regimento. Infelizmente, foi encaminhada a proposta a poucas semanas e a proposta é que a votação ocorra dia 7 de dezembro.
Essa pressa para deliberar não é adequada para um projeto que irá transformar a estrutura da Nacional por tanto tempo. É necessário que toda a comunidade acadêmica discuta sobre o fim dos departamentos, sobre a paridade, sobre as competências de cada órgão. Não podemos aprovar um projeto que não tenha sido fruto de um processo democrático, com extenso debate de ideias.
Se é verdade que o debate sobre o regimento tem alguns anos, também é fato que ele se manteve nos espaços cujo estudante tem dificuldade de participar. É preciso que cada um de nós opine sobre o que queremos da faculdade e entendamos o processo que iremos passar.





:: AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA, CONGREGAÇÃO PARITÁRIA. 
Para o movimento estudantil, um dos debates centrais é a distribuição de poderes na universidade. A universidade não é composta apenas pelos professores, mas sim fruto da relação entre os docentes, estudantes e servidores que colaboram para a produção de conhecimento e na defesa da universidade. Na votação do novo regimento, nós temos a oportunidade de discutir sobre o modelo de gestão democrática que queremos para nossa unidade. Por que os professores devem ter mais peso nos órgão deliberativos? Não teríamos nós e os técnicos capacidade para decidir sobre nossa faculdade?

A Constituição Federal estabeleceu o princípio da Autonomia Universitária, (art. 207), devendo obedecer, entre outros princípios a gestão democrática (art. 206, VI). Entretanto, em contradição com os princípios constitucionais, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) determinou que os docentes devem ocupar 70% das cadeiras dos órgãos colegiados deliberativos.

A histórica concentração do poder no segmento docente leva à também histórica reivindicação estudantil pelo governo tripartite ou pela paridade ou sufrágio universal, já que o segmento que possui o maior número de pessoas é o que tem menor poder de decisão.

Precisamos aplicar o entendimento completo de autonomia e democracia e isso significa a paridade nos órgãos colegiados, onde cada segmento tenha 1/3 dos votos. Além disso, devemos intensificar a democracia através da eleição direta, pelos seus pares, dos membros dos órgãos colegiados. Não cabe a congregação a indicação dos membros, mas pelas categorias que serão representadas.




:: NA NACIONAL NÃO TEM LUGAR PRA OPRESSÃO
Sabemos que vivemos em uma sociedade na qual diferenças entre os indivíduos significam desigualdades profundas. Mulheres, Negros, LGBT’s figuram entre setores que sofrem cotidianamente com a desigualdade de tratamento e de acesso aos bens sociais. 
Pois bem, a opressão se manifesta tanto estruturalmente, mas também nas relações entre as pessoas. Não é raro manifestações discriminatórias de conteúdo machista, homofóbico e racista. A formação crítica e humanística deve refletir as necessidades de nosso tempo e, para avançarmos na luta contra a desigualdade, precisamos repudiar todas as manifestações discriminatórias em nossa faculdade.

É inadmissível que um negro, um LGBT ou uma mulher sofra com uma piada opressora, seja impedido de acessar qualquer serviço ou benefício da faculdade, ainda mais quando o agente é parte do corpo de nossa faculdade. Hoje, não temos nenhum organismo permanente na instituição que tenha a competência de apurar casos de discriminação, como consequência disso, temos mais sujeitos que sofrem cotidianamente com sujeitos opressores.

A Nacional deve se comprometer com o combate a discriminação e no compromisso social de combate às desigualdades, em defesa dos direitos humanos. Por isso, propomos:

A inclusão no art. 1, dos incisos: V – defender o Estado democrático de Direito, a soberania nacional, a democracia, a diversidade de pensamento e os direitos humanos. VI: Promover o combate a qualquer forma de discriminação tais como de origem, raça, gênero, orientação sexual e idade, resguardando a dignidade das minorias e almejando a superação das desigualdades sociais.
A inclusão no art. 44, do inciso : II – Apurar ocorrências de violações de direitos humanos e atitudes discriminatórias tais como de origem, raça, gênero, orientação sexual e idade.




:: INVESTIMENTO PRIVADO COMPRA O QUE? 
A proposta de regimento apresentado pelo diretor prevê a possibilidade do investimento privado nacional e internacional na FND, seja com convênios, remuneração de serviços, contratos ou acordo. 
Pois bem, a princípio qualquer incremento orçamentários parece bom, ainda mais em um momento que o governo federal cortou 10 bilhões da educação pública. Entretanto, devemos pensar: O que faz uma instituição privada nacional ou internacional querer investir na faculdade?

Para evitar confusão, o investimento privado não é igual a pagamento de mensalidade. Uma coisa é a gratuidade da graduação e pós graduação, outra coisa é uma empresa injetar dinheiro em grupos de pesquisa, realizar acordos com a faculdade etc.

É o que se chama de privatização do financiamento universitário, que se dá principalmente nos grupos de pesquisa. Esta relação mais acentuada entre pesquisadores universitários e empresas permite que entrem mais recursos nas universidades, mas, ao mesmo tempo, altera as funções tradicionais das universidades públicas e tem efeitos socialmente perversos

Em primeiro lugar, implica que os conhecimentos e as descobertas feitas no setor público podem passar a ser controlados por capital privado. Uma segunda repercussão do financiamento privado da pesquisa é que o mundo dos negócios determina as prioridades e a agenda da pesquisa universitária. Em terceiro lugar, os resultados da pesquisa podem ser alterados para favorecer (ou para não prejudicar) os interesses da entidade financeira. Finalmente, uma última repercussão é a perda de qualidade e excelência acadêmica no âmbito da pesquisa.

As consequências desse investimento são a contramão da função social da Universidade. A produção de conhecimento não esta a venda, não queremos desigualdades entre os que produzem para empresas e os que dependem apenas do investimento público. A responsabilidade de financiar a Universidade é da União e devemos cobrar mais investimentos, não privatizar nosso conhecimento.



:: TERCEIRIZADA NÃO É INVISÍVEL 
Esse ano foi marcado pela luta das trabalhadoras terceirizadas. Se antes insistiam na invisibilizadão desta categoria, hoje elas mostraram que são sujeitos político com importância no funcionamento da Universidade. 
Sabemos que nossa luta é para reverter o processo de terceirização, lutando pelo retorno dos concursos para os cargos extintos e pelo vínculo efetivo destas trabalhadoras. Queremos travar essa luta, mas hoje precisamos garantir o básico que é o respeitos aos direitos trabalhistas.

Hoje, as terceirizadas da FND trabalham de forma invisibilizada, ocupando uma área minúscula, sem circulação de ar, sem a garantia de bem-estar necessário para sua qualidade de vida. É necessário que a FND seja responsável pela qualidade de vida de todos que colaboram para seu funcionamento, principalmente, dos setores mais vulneráveis. É preciso que a administração local tenha um vínculo com a PR6 na fiscalização direta dos contratos, avaliando se os direitos trabalhistas estão sendo responsável, estabelecendo um canal de diálogo com as trabalhadoras.

Por isso, propomos:
A inclusão no art. 4ºdo Parágrafo único: A Faculdade Nacional de Direito compromete-se com a defesa dos direitos, garantias e bem estar dos demais trabalhadores que colaboram para a execução do funcionamento e atividades da instituição.

16 de setembro de 2015

Direito UFRJ Contra a Redução da Maioridade Penal

MOÇÃO DA CONGREGAÇÃO DA FND-UFRJ CONTRA A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL.

O corpo social da Faculdade Nacional de Direito reafirma seu compromisso com a construção de uma universidade que, longe de apenas transmitir um conhecimento técnico e supostamente neutro e preparar profissionais para o mercado de trabalho, assuma para si a responsabilidade de enfrentar as desigualdades sociais. A universidade deve ser um espaço de produção de um conhecimento crítico e de organização política da comunidade universitária para transformar a sociedade. Por esse motivo, tendo em vista a iminente possibilidade de redução da maioridade penal, docentes, técnicos e discentes da F.N.D. torna público este manifesto.
No último dia 31 de março, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou a PEC 171/93, que propõe a redução da maioridade penal. Diante da possibilidade de tamanho retrocesso no combate às desigualdades sociais e raciais, torna-se essencial formar uma grande frente contra o encarceramento da juventude e da adolescência, predominantemente pobres e negros.
O fracasso do Estado em reduzir de maneira tempestiva a profunda desigualdade social não pode implicar no encarceramento massivo de uma parcela dos jovens e adolescentes brasileiros. O avanço do sistema penal não é a resposta para as desordens e distorções sociais causadas pelo próprio Estado, que produz uma massa de miseráveis ao não garantir direitos básicos à grande parte da população brasileira.
A sensação de insegurança e impunidade não devem nos conduzir à criação de um Estado Penal Máximo. A diminuição da criminalidade não ocorrerá com a criminalização e a repressão da pobreza, mas sim com a garantia dos direitos, fundamentais.
Não podemos permitir que o Estado selecione quais setores da sociedade são merecedores de tutela. A pena privativa de liberdade não reeduca, não ressocializa.
É necessária a busca por uma sociedade em que a educação, a cultura, o esporte, a saúde e políticas de acesso ao emprego sejam mais importantes que a prisão. Uma sociedade que enxergue os jovens e adolescentes, repita-se preponderantemente negros e pobres, não como inimigos, mas como sujeitos de direitos, que devem ser empoderados e revestidos de cidadania. Por isso, reafirmamos: não à redução da maioridade penal!
Rio de Janeiro, 24 de junho de 2015.

1 de junho de 2015

NOTA - DILMA, TIRE AS MÃOS DOS NOSSOS DIREITOS.

NOTA - DILMA, TIRE AS MÃOS DOS NOSSOS DIREITOS.

O ano de 2014 terminou com a UNE (União Nacional dos Estudantes) anunciando uma suposta grande vitória, a aprovação do PNE (Plano Nacional de Educação) [1], que garantiria os 10% do PIB para a educação; nas eleições Dilma anunciou que o Brasil seria a "pátria educadora". O ano de 2015 seria o ano da educação, certo ?
A realidade é que começamos o ano de 2015 com cortes na educação, trabalhadoras e trabalhadores terceirizados sem receber, bolsas atrasadas, aulas atrasadas... enfim, um caos na educação. Primeiro veio o contingenciamento, agora um corte de mais de 9 Bilhões na educação, que atingiu outras áreas fundamentais, como a saúde, transportes, cultura, política para mulheres, cidades, entre outras. [2]
Essa imensa distância entre discurso e realidade é r
eflexo da verdadeira prioridade do governo federal e deste congresso reacionário frente à crise econômica em curso: garantir os lucros de banqueiros, do agronegócio, das empreiteiras, cortando direitos da classe trabalhadora e da juventude.
A recente ocupação da reitoria da UFRJ, em sua luta em apoio aos terceirizados e por assistência estudantil, chocou-se com o atual processo de precarização do trabalho e os cortes na educação. As importantes vitórias que dela resultaram mostram a força da união da juventude com as trabalhadores e trabalhadoras e que com luta é possível arrancar vitórias.
O grande desafio colocado agora é unificar as lutas que estão em curso na educação, somando as forças das/os técnicas/os administrativas/os, professoras/os, terceirizadas/os e de nós estudantes para barrar o ajuste fiscal de Dilma/Levy. É preciso que a FND incorpore-se ao calendário de mobilização tirado pelo ‪#‎OcupaUFRJ‬, CONSTRUINDO NOSSA ASSEMBLEIA LOCAL ENTRE OS DIAS 26 E 27 DE MAIO, INTERVINDO NA ASSEMBLEIA GERAL DO DIA 28 E NA PARALISAÇÃO NACIONAL NO DIA 29.
Teremos uma semana muito importante, onde nossa mobilização será fundamental para as próximas vitórias. Nós do Coletivo Direito de Resistência convidamos cada estudante a protagonizarmos juntxs os próximos capítulos de nossa luta por uma educação pública, gratuita, de qualidade e verdadeiramente democratizada.
Nenhum direito a menos!
::Coletivo Direito de Resistência.

18 de maio de 2015

#OcupaUFRJ: Por que Ocupamos a Reitoria?


REITORIA OCUPADA
Por que Ocupamos a Reitoria?

Esse semestre começou com uma triste realidade na UFRJ.

Trabalhadoras e trabalhadores terceirizadas(os) negras(os) com salários atrasados, estudantes caloures cotistas negres sem perspectiva de BAP (Bolsa Auxílio Permanência), moradores do Alojamento em grande instabilidade e insegurança, edital da BAUX (Bolsa Auxílio) que não sai nunca, corte na educação, ajuste fiscal da Dilma/Levy, PL das terceirizações, ataque aos direitos previdenciários e seguro desemprego (MP's 664 e 665), redução da maioridade penal...

A situação atual da UFRJ é essa:

-Trabalhadoras(es) terceirizadas(os) sem benefícios e com salários atrasados
- Edital de Bolsa Auxílio de 2015.1 prorrogado pra 2015.2
-Caloures sendo cortades da relação daqueles aptos a receber a BAP
-Alojamento caindo aos pedaços e seus ocupantes sem garantia de transferência para a parte que termina de ser renovada

Nesses condições ocupar a Reitoria torna-se uma obrigação do movimento estudantil, além do mais quando o Reitor Carlos Levi recusa-se a negociar com as/os estudantes e terceirizadas para atender suas demandas.

Para tal, foi tirada uma comissão entre aqueles que Ocupam a Reitoria agora para negociar que amanhã (15/05/15) seja realizada uma reunião extraordinária entre estudantes, técnicos, decanos, diretores de unidade e a Reitoria para que essas questões possam ser apreciadas.

Não podemos voltar às aulas com essa situação. Muitas unidades da UFRJ estão paradas devido ao não-pagamento dos salários das terceirizadas e vamos exigir que as atividades acadêmicas só se normalizem quando essas trabalhadoras estejam com sua situação regularizada. Além disso, a readmissão de Teresinha, uma das líderes do movimento dos terceirizados é fundamental para o processo democrático e político da UFRJ, no qual a Universidade não pode perseguir quem luta por seus direitos!

Não podemos fugir da luta jamais!
Por isso todxs ao prédio da Reitoria no Fundão!
Pra animar a ocupação vai rolar um sarau auto-organizado hoje à noite!
Quem puder ir amanhã de manhã também será muito bem-vindx!

NOSSAS PAUTAS:

- Pagamento imediato dos terceirizados e garantir a não demissão por perseguição política

-Readmissão de Teresinha, Já!

- Contra o PL 4330 (PL das Terceirizações), MP's 664 e 665 e Ajuste Fiscal

- Abertura imediata do edital da bolsa auxílio do primeiro
semestre e calendário pra abertura do segundo.

-Aumento do número de bolsas e auxílio emergencial

-Entrega de um censo atualizado dxs alunxs moradores do Alojamento

- Garantir a transferência dos estudantes moradores da Moradia Estudantil da UFRJ e contra todo abuso institucional.

-Relatório de Gestão da SUPEREST (Superintendência de Assistência Estudantil)

-Relatório com Movimentação Financeira da SUPEREST.

Coletivo Direito de Resistência.
DIREITO UFRJ
FND-UFRJ


13 de maio de 2015

Inscrições: Doutorado em Direito na FND-UFRJ



A Coordenação do PPGD da Faculdade Nacional de Direito -UFRJ tem o prazer de tornar público o edital de seleção para a sua primeira turma de Doutorado, com o início das aulas previsto para o segundo semestre letivo de 2015.

As inscrições poderão ser feitas de 8 a 19 de junho de 2015 e a seleção ocorrerá entre os dias 25/06 e 14/07/2015.

Veja aqui o EDITAL do processo seletivo: http://www.direito.ufrj.br/ppgd/images/Edital_Doutorado_PPGD_2015.pdf

5 de abril de 2015

As 18 Razões contra a Redução da Maioridade Penal


A PEC 171/93 não reduz a violência, mas criminaliza, ainda mais, adolescentes em situação de vulnerabilidade.

Charge: Contra a Redução da Maioridade Penal
As 18 Razões CONTRA a Redução da Maioridade Penal

1°. Porque já responsabilizamos adolescentes em ato infracional
A partir dos 12 anos, qualquer adolescente é responsabilizado pelo ato cometido contra a lei. Essa responsabilização, executada por meio de medidas socioeducativas previstas no ECA, têm o objetivo de ajudá-lo a  recomeçar e a prepará-lo para uma vida adulta de acordo com o socialmente estabelecido. É parte do seu processo de aprendizagem que ele não volte a repetir o ato infracional.
Por isso, não devemos confundir impunidade com imputabilidade. A imputabilidade, segundo o Código Penal, é a capacidade da pessoa entender que o fato é ilícito e agir de acordo com esse entendimento, fundamentando em sua maturidade psíquica.

2°. Porque a lei já existe. Resta ser cumprida!
O ECA prevê seis medidas educativas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. Recomenda que a medida seja aplicada de acordo com a capacidade de cumpri-la, as circunstâncias do fato e a gravidade da infração.
Muitos adolescentes, que são privados de sua liberdade, não ficam em instituições preparadas para sua reeducação, reproduzindo o ambiente de uma prisão comum. E mais: o adolescente pode ficar até 9 anos em medidas socioeducativas, sendo três anos interno, três em semiliberdade e três em liberdade assistida, com o Estado acompanhando e ajudando a se reinserir na sociedade.
Não adianta só endurecer as leis se o próprio Estado não as cumpre!

3°. Porque o índice de reincidência nas prisões é de 70%
Não há dados que comprovem que o rebaixamento da idade penal reduz os índices de criminalidade juvenil. Ao contrário, o ingresso antecipado no falido sistema penal brasileiro expõe as(os) adolescentes a mecanismos/comportamentos reprodutores da violência, como o aumento das chances de reincidência, uma vez que as taxas nas penitenciárias são de 70% enquanto no sistema socioeducativo estão abaixo de 20%.
A violência não será solucionada com a culpabilização e punição, mas pela ação da sociedade e governos nas instâncias psíquicas, sociais, políticas e econômicas que as reproduzem. Agir punindo e sem se preocupar em discutir quais os reais motivos que reproduzem e mantém a violência, só gera mais violência.

4°. Porque o sistema prisional brasileiro não suporta mais pessoas.
O Brasil tem a 4° maior população carcerária do mundo e um sistema prisional superlotado com 500 mil presos. Só fica atrás em número de presos para os Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhões) e Rússia (740 mil).
O sistema penitenciário brasileiro NÃO tem cumprido sua função social de controle, reinserção e reeducação dos agentes da violência. Ao contrário, tem demonstrado ser uma “escola do crime”.
Portanto, nenhum tipo de experiência na cadeia pode contribuir com o processo de reeducação e reintegração dos jovens na sociedade.

5°. Porque reduzir a maioridade penal não reduz a violência.
Muitos estudos no campo da criminologia e das ciências sociais têm demonstrado que NÃO HÁ RELAÇÃO direta de causalidade entre a adoção de soluções punitivas e repressivas e a diminuição dos índices de violência.
No sentido contrário, no entanto, se observa que são as políticas e ações de natureza social que desempenham um papel importante na redução das taxas de criminalidade.
Dados do Unicef revelam a experiência mal sucedida dos EUA. O país, que assinou a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aplicou em seus adolescentes, penas previstas para os adultos. Os jovens que cumpriram pena em penitenciárias voltaram a delinquir e de forma mais violenta. O resultado concreto para a sociedade foi o agravamento da violência.

6°. Porque fixar a maioridade penal em 18 anos é tendência mundial
Diferentemente do que alguns jornais, revistas ou veículos de comunicação em geral têm divulgado, a idade de responsabilidade penal no Brasil não se encontra em desequilíbrio se comparada à maioria dos países do mundo.
De uma lista de 54 países analisados, a maioria deles adota a idade de responsabilidade penal absoluta aos 18 anos de idade, como é o caso brasileiro.
Essa fixação majoritária decorre das recomendações internacionais que sugerem a existência de um sistema de justiça especializado para julgar, processar e responsabilizar autores de delitos abaixo dos 18 anos.

7°. Porque a fase de transição justifica o tratamento diferenciado.
A Doutrina da Proteção Integral é o que caracteriza o tratamento jurídico dispensado pelo Direito Brasileiro às crianças e adolescentes, cujos fundamentos encontram-se no próprio texto constitucional, em documentos e tratados internacionais e no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Tal doutrina exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada, mediando e operacionalização de políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa.
A definição do adolescente como a pessoa entre 12 e 18 anos incompletos implica a incidência de um sistema de justiça especializado para responder a infrações penais quando o autor trata-se de um adolescente.
A imposição de medidas socioeducativas e não das penas criminais relaciona-se justamente com a finalidade pedagógica que o sistema deve alcançar, e decorre do reconhecimento da condição peculiar de desenvolvimento na qual se encontra o adolescente.

8°. Porque as leis não podem se pautar na exceção.
Até junho de 2011, o Cadastro Nacional de Adolescentes em Conflito com a Lei (CNACL), do Conselho Nacional de Justiça, registrou ocorrências de mais de 90 mil adolescentes. Desses, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número, embora seja considerável, corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil, que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.
Sabemos que os jovens infratores são a minoria, no entanto, é pensando neles que surgem as propostas de redução da idade penal. Cabe lembrar que a exceção nunca pode pautar a definição da política criminal e muito menos a adoção de leis, que devem ser universais e valer para todos.
As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com a adoção de leis penais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Ações no campo da educação, por exemplo, demonstram-se positivas na diminuição da vulnerabilidade de centenas de adolescentes ao crime e à violência.

9°. Porque reduzir a maioridade penal é tratar o efeito,  não a causa!
A constituição brasileira assegura nos artigos 5º e 6º direitos fundamentais como educação, saúde, moradia, etc. Com muitos desses direitos negados, a probabilidade  do envolvimento com o crime aumenta, sobretudo entre os jovens.
O adolescente marginalizado não surge ao acaso. Ele é fruto de um estado de injustiça social que gera e agrava a pobreza em que sobrevive grande parte da população.
A marginalidade torna-se uma prática moldada pelas condições sociais e históricas em que os homens vivem. O adolescente em conflito com a lei é considerado um ‘sintoma’ social, utilizado como uma forma de eximir a responsabilidade que a sociedade tem nessa construção.
Reduzir a maioridade é transferir o problema. Para o Estado é mais fácil prender do que educar.

10°. Porque educar é melhor e mais eficiente do que punir.
A educação é fundamental para qualquer indivíduo se tornar um cidadão, mas é realidade que no Brasil muitos jovens pobres são excluídos deste processo. Puni-los com o encarceramento é tirar a chance de se tornarem cidadãos conscientes de direitos e deveres, é assumir a própria incompetência do Estado em lhes assegurar esse direito básico que é a educação.
As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com adoção de leis penais mais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Ações no campo da educação, por exemplo, demonstram-se positivas na diminuição da vulnerabilidade de centenas de adolescentes ao crime e à violência.
Precisamos valorizar o jovem, considerá-los como parceiros na caminhada para a construção de uma sociedade melhor. E não como os vilões que estão colocando toda uma nação em risco.

11°. Porque reduzir a maioridade penal isenta o estado do compromisso com a juventude
O Brasil não aplicou as políticas necessárias para garantir às crianças, aos adolescentes e jovens o pleno exercício de seus direitos e isso ajudou em muito a aumentar os índices de criminalidade da juventude.
O que estamos vendo é uma mudança de um tipo de Estado que deveria garantir direitos para um tipo de Estado Penal que administra a panela de pressão de uma sociedade tão desigual. Deve-se mencionar ainda a ineficiência do Estado para emplacar programas de prevenção da criminalidade e de assistência social eficazes, junto às comunidades mais pobres, além da deficiência generalizada em nosso sistema educacional.

12°. Porque os adolescentes são as maiores vitimas, e não os principais autores da violência
Até junho de 2011, cerca de 90 mil adolescentes cometeram atos infracionais. Destes, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número, embora considerável, corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.
Os homicídios de crianças e adolescentes brasileiros cresceram vertiginosamente nas últimas décadas: 346% entre 1980 e 2010. De 1981 a 2010, mais de 176 mil foram mortos e só em 2010, o número foi de 8.686 crianças e adolescentes assassinadas, ou seja, 24 POR DIA!
A Organização Mundial de Saúde diz que o Brasil ocupa a 4° posição entre 92 países do mundo analisados em pesquisa. Aqui são 13 homicídios para cada 100 mil crianças e adolescentes; de 50 a 150 vezes maior que países como Inglaterra, Portugal, Espanha, Irlanda, Itália, Egito cujas taxas mal chegam a 0,2 homicídios para a mesma quantidade de crianças e adolescentes.

13°. Porque, na prática, a pec 33/2012 é inviável!!
A Proposta de Emenda Constitucional quer alterar os artigos 129 e 228 da Constituição Federal, acrescentando um paragrafo que prevê a possibilidade de desconsiderar da inimputabilidade penal de maiores de 16 anos e menores de 18 anos.
E o que isso quer dizer? Que continuarão sendo julgados nas varas Especializadas Criminais da Infância e Juventude, mas se o Ministério Publico quiser poderá pedir para ‘desconsiderar inimputabilidade’, o juiz decidirá se o adolescente tem capacidade para responder por seus delitos. Seriam necessários laudos psicológicos e perícia psiquiátrica diante das infrações: crimes hediondos, tráfico de drogas, tortura e terrorismo ou reincidência na pratica de lesão corporal grave e roubo qualificado. Os laudos atrasariam os processos e congestionariam a rede pública de saúde.
A PEC apenas delega ao juiz a responsabilidade de dizer se o adolescente deve ou não ser punido como um adulto.
No Brasil, o gargalo da impunidade está na ineficiência da polícia investigativa e na lentidão dos julgamentos. Ao contrário do senso comum, muito divulgado pela mídia, aumentar as penas e para um número cada vez mais abrangente de pessoas não ajuda em nada a diminuir a criminalidade, pois, muitas vezes, elas não chegam a ser aplicadas.

14°. Porque reduzir a maioridade penal não afasta crianças e adolescentes do crime
Se reduzida a idade penal, estes serão recrutados cada vez mais cedo.
O problema da marginalidade é causado por uma série de fatores. Vivemos em um país onde há má gestão de programas sociais/educacionais, escassez das ações de planejamento familiar, pouca oferta de lazer nas periferias, lentidão de urbanização de favelas, pouco policiamento comunitário, e assim por diante.
A redução da maioridade penal não visa a resolver o problema da violência. Apenas fingir que há “justiça”. Um autoengano coletivo quando, na verdade, é apenas uma forma de massacrar quem já é massacrado.
Medidas como essa têm caráter de vingança, não de solução dos graves problemas do Brasil que são de fundo econômico, social, político. O debate sobre o aumento das punições a criminosos juvenis envolve um grave problema: a lei do menor esforço. Esta seduz políticos prontos para oferecer soluções fáceis e rápidas diante do clamor popular.
Nesse momento, diante de um crime odioso, é mais fácil mandar quebrar o termômetro do que falar em enfrentar com seriedade a infecção que gera a febre.

15°. Porque afronta leis brasileiras e acordos internacionais
Vai contra a Constituição Federal Brasileira que reconhece prioridade e proteção especial a crianças e adolescentes. A redução é inconstitucional.
Vai contra o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) de princípios administrativos, políticos e pedagógicos que orientam os programas de medidas socioeducativas.
Vai contra a Doutrina da Proteção Integral do Direito Brasileiro que exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada às políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa.
Vai contra parâmetros internacionais de leis especiais para os casos que envolvem pessoas abaixo dos dezoito anos autoras de infrações penais.
Vai contra a Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Declaração Internacional dos Direitos da Criança compromissos assinados pelo Brasil.

16°. Porque poder votar não tem a ver com ser preso com adultos
O voto aos 16 anos é opcional e não obrigatório, direito adquirido pela juventude. O voto não é para a vida toda, e caso o adolescente se arrependa ou se decepcione com sua escolha, ele pode corrigir seu voto nas eleições seguintes. Ele pode votar aos 16, mas não pode ser votado.
Nesta idade ele tem maturidade sim para votar, compreender e responsabilizar-se por um ato infracional.
Em nosso país qualquer adolescente, a partir dos 12 anos, pode ser responsabilizado pelo cometimento de um ato contra a lei.
O tratamento é diferenciado não porque o adolescente não sabe o que está fazendo. Mas pela sua condição especial de pessoa em desenvolvimento e, neste sentido, o objetivo da medida socioeducativa não é fazê-lo sofrer pelos erros que cometeu, e sim prepará-lo para uma vida adulta e ajuda-lo a recomeçar.

17°. Porque o brasil está dentro dos padrões internacionais.
São minoria os países que definem o adulto como pessoa menor de 18 anos. Das 57 legislações analisadas pela ONU, 17% adotam idade menor do que 18 anos como critério para a definição legal de adulto.
Alemanha e Espanha elevaram recentemente para 18 a idade penal e a primeira criou ainda um sistema especial para julgar os jovens na faixa de 18 a 21 anos.
Tomando 55 países de pesquisa da ONU, na média os jovens representam 11,6% do total de infratores, enquanto no Brasil está em torno de 10%. Portanto, o país está dentro dos padrões internacionais e abaixo mesmo do que se deveria esperar. No Japão, eles representam 42,6% e ainda assim a idade penal no país é de 20 anos.
Se o Brasil chama a atenção por algum motivo é pela enorme proporção de jovens vítimas de crimes e não pela de infratores.

18°. Porque importantes órgãos têm apontado que não é uma boa solução.
O UNICEF expressa sua posição contrária à redução da idade penal, assim como à qualquer alteração desta natureza. Acredita que ela representa um enorme retrocesso no atual estágio de defesa, promoção e garantia dos direitos da criança e do adolescente no Brasil. A Organização dos Estados Americanos (OEA) comprovou que há mais jovens vítimas da criminalidade do que agentes dela.
O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) defende o debate ampliado para que o Brasil não conduza mudanças em sua legislação sob o impacto dos acontecimentos e das emoções. O CRP (Conselho Regional de Psicologia) lança a campanha Dez Razões da Psicologia contra a Redução da idade penal CNBB, OAB, Fundação Abrinq lamentam publicamente a redução da maioridade penal no país.


https://18razoes.wordpress.com/quem-somos/

http://www.naoviolencia.org.br/sobre-manifesto-projeto-nao-violencia.htm

#NãoàReduçãoDaMaioridadePenal

3 de março de 2015

Resistir aos cortes na educação, assistência estudantil é direito!

A volta às aulas em nossa faculdade, teoricamente aconteceria amanhã, mas por conta de mais um ataque à educação, foi adiada para o dia 9 de março, correndo o risco ainda de haver mais adiamentos. O governo que assumiu esse ano com o slogan de “Pátria Educadora” e dizendo que a educação é a prioridade do mandato, nas ações segue uma lógica completamente contrária ao prometido já que pasta da educação foi a mais afetada com a política de austeridade do governo. Estima-se que haverá um corte de aproximadamente sete bilhões de reais que faz-nos refletir sobre a necessidade de radicalizar as lutas estudantis esse ano.

Em meio a toda essa crise de corte de verbas, atraso na votação do orçamenta da união, o descaso total com a educação pública, temos assistido os personagens mais precarizados da UFRJ passando por um momento muito complicado. Não é de hoje que vemos os problemas causados pela terceirização de serviços essenciais como de limpeza e segurança na UFRJ. Atualmente, por conta do atraso na votação do orçamento da união e agravado com o já citado corte de verbas, a universidade não tem repassado o dinheiro para as empresas terceirizadas, consequentemente essas empresas não pagam os funcionários, o que acarretou em mais uma greve no setor e nesse adiamento no início das aulas. Os funcionários estão desde o ano passado sem receber o que tem gerado uma imensa dificuldade desses homens e mulheres trabalhadorxs em pagar suas contas, para se alimentar e até mesmo se deslocar até o trabalho. Nós do Direito de Resistência declaramos nosso total apoio aos trabalhadorxs terceirizados da UFRJ, e nos posicionamos completamente contra essa política de terceirização dos serviços.

Por fim, apesar de toda a mobilização estudantil em torno da questão da assistência estudantil que tem ocorrido não só na FND e na UFRJ, mas em todo o Brasil, nossos governantes e reitorias, em especial a da UFRJ, tem agido em total disparidade com nossas reivindicações. A reitoria prometeu entregar o bandejão do Campus da Praia Vermelha antes do início das aulas, porém, as obras nem tiveram início e o centro, continua sem nenhuma previsão, ou mobilização por parte da reitoria para viabilizar nosso bandejão. Na última semana, veio a pior notícia possível, num momento em que é mais do que necessário ampliar o número de bolsas, afinal agora 50% das vagas na UFRJ são para cotistas, a SUPEREST informou que as bolsas oferecidas a todxs alunos cotistas, a Bolsa de Auxílio Permanência será completamente reduzida a uma parcela única de 800 reais para todo o ano, ou seja, a bolsa que anteriormente era de 400 reais mais o auxílio transporte mensais, passará para apenas 66 reais. Um completo absurdo e o sinal do descaso da reitoria com o alunado. Com toda essa situação posta, o momento é de organização e mobilização estudantil para lutar por nossos direitos, por conta disso, convocamos todas e todos a comparecerem amanhã à plenária contra o corte das bolsas que acontecerá às 17hrs no IFCS. É importantíssima a presença de todxs para discutir os rumos e a agenda de lutas estudantis, precisamos deixar claro que com cortes não dá para permanecer na universidade e que assistência estudantil não é favor, é direito.

Link do evento da Plenária:
https://www.facebook.com/events/549763871832638

23 de janeiro de 2015

Myrthes Gomes de Campos. A primeira advogada do Brasil.


Myrthes Gomes de Campos. A primeira advogada do Brasil.

Os primeiros cursos jurídicos brasileiros datam de 1827, porém, para que a primeira mulher exercesse a advocacia foi preciso percorrer um longo caminho.

"Myrthes nasceu em Macaé, Norte-Fluminense, em 1875 e, desde cedo, mostrou gosto pelo aprendizado das leis. Na época, porém, era impensável que uma mulher construísse uma possibilidade de existência fora do casamento. Sua família ficou escandalizada quando a jovem expressou o desejo de ir para a Capital, ingressar na Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro (hoje Faculdade Nacional de Direito da UFRJ) e seguir a carreira de advogada. Concluiu o bacharelado em Direito em 1898, mas, devido as fortes discriminações, apenas em 1906 conseguiu ingressar no quadro de sócios efetivos do Instituto dos Advogados do Brasil, condição necessária para o exercício profissional da advocacia.

No ano de 1899, "Myrthes teve uma chance de atuação como defensora no Tribunal do Júri. Era a primeira vez que uma mulher entraria em um Tribunal de Justiça exercendo a profissão de advogada. O fato, totalmente inusitado para a época, foi amplamente noticiado nos jornais. Durante o julgamento, com a plateia lotada para assistir a atuação da primeira advogada brasileira, Myrthes surpreendeu o juiz, os jurados e até o réu com o seu profundo conhecimento do Código Penal e, sobretudo, pelo seu poder de argumentação. Ela venceu o promotor até então considerado imbatível e conseguiu a absolvição do réu."

Leia Mais:
TJRJ: http://goo.gl/Gg1lFX
TJRJ: http://goo.gl/LwaEEj
OAB/SP: http://goo.gl/vPbxsY

13 de janeiro de 2015

"Pátria educadora" retira mais de R$ 7 bilhões da Educação.

“Ao bradarmos ‘Brasil, pátria educadora’ estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar, em todas as ações do governo, um sentido formador, uma prática cidadã, um compromisso de ética e sentimento republicano”.

Com essas palavras a presidente Dilma fez o lançamento de seu segundo Mandato, apesar do discurso bonito, a prática é outra. Na última quinta-feira (dia 8), o Ministério do Planejamento anunciou um corte “provisório” de R$ 1,9 bilhão por mês, o que significaria uma economia anual de R$ 22,7 bilhões. A Pasta de Educação foi a mais afetada, com um corte R$ 7,042 bilhões.

Essas medidas vão diretamente na contramão do compromisso com a Educação anunciada pelo Governo, e a UFRJ já sente os seus efeitos. No início deste mês, diversas bolsas de Assistência Estudantil e Iniciação Científica sofreram atrasos. A UFRJ, por meio da Pró Reitoria de Finanças – PR3, deixou suspenso o pagamento da BOLSA AUXÍLIO que deveria ser paga até o dia 10 deste mês. Essas medidas representam um duro golpe na vida acadêmica de diversos alunos que têm na Bolsa Auxílio seu único meio de sobrevivência, nessa que é uma das cidades mais caras do mundo.

Mais uma vez o governo mostra para quem está governando. Com objetivo de garantir os lucros dos grandes empresários e banqueiros o Governo Federal ataca os direitos de milhares de estudantes.

Nesse sentido, está sendo organizado uma plenária para discussão e organização do primeiro ato contra o atraso das Bolsas de Assistência Estudantil (Auxílio) e Monitoria/Extensão/PIBIC, na UFRJ.


Ato: https://www.facebook.com/events/1538763913045961/

3 de janeiro de 2015

É hora de voltar às ruas!



Foto: É hora de voltar às ruas!

A partir da meia-noite desse sábado (3), a população do Rio de Janeiro pagará 13,3% a mais pelo Bilhete Único Municipal, o que elevará o preço das passagens dos ônibus municipais de R$ 3 para R$ 3,40. Esse é o maior aumento das passagens de ônibus da capital fluminense autorizado pela PREFEITURA nos últimos anos e o maior da década.

As passagens dos ônibus e vans intermunicipais também terão reajuste do Bilhete Único— de 12,46% — saindo de R$ 2,80 para R$ 3,15, a partir de 10 de janeiro. A tarifa em dinheiro nas barcas, que hoje é de R$ 4,80, subirá para R$ 5 e os trens de R$ 3,20 vão para R$ 3,30.

Seguindo a necessária mobilização contra esse aumento e esse modelo excludente de cidade, diversos movimentos sociais estão se organizando contra o aumento das passagens.

Segue os eventos:

► Segunda-feira, às 18h, no IFCS - IV Encontro Contra o Aumento das Passagens: https://www.facebook.com/events/1525928667692647/

► Terça-feira, às 18h, no IFCS - Plenária Unificada pela Libertação dos Presos Políticos e Contra o Aumento das Passagens: https://www.facebook.com/events/1525928667692647/

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Gente que acordou com vontade de barrar o aumento.
  É HORA DE VOLTAR ÀS RUAS!

A partir da meia-noite desse sábado (3), a população do Rio de Janeiro pagará 13,3% a mais pelo Bilhete Único Municipal, o que elevará o preço das passagens dos ônibus municipais de R$ 3 para R$ 3,40. Esse é o maior aumento das passagens de ônibus da capital fluminense autorizado pela PREFEITURA nos últimos anos e o maior da década.

As passagens dos ônibus e vans intermunicipais também terão reajuste do Bilhete Único— de 12,46% — saindo de R$ 2,80 para R$ 3,15, a partir de 10 de janeiro. A tarifa em dinheiro nas barcas, que hoje é de R$ 4,80, subirá para R$ 5 e os trens de R$ 3,20 vão para R$ 3,30.

Seguindo a necessária mobilização contra esse aumento e esse modelo excludente de cidade, diversos movimentos sociais estão se organizando contra o aumento das passagens.

Segue os eventos:

► Segunda-feira, às 18h, no IFCS - IV Encontro Contra o Aumento das Passagens: https://www.facebook.com/events/1525928667692647/

► Terça-feira, às 18h, no IFCS - Plenária Unificada pela Libertação dos Presos Políticos e Contra o Aumento das Passagens: https://www.facebook.com/events/1525928667692647/

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