Todos nós já ouvimos que “A Educação é a salvação para o povo!”, talvez o clichê político mais consagrado em nossa sociedade. No entanto, infelizmente, quando analisamos a realidade das práticas históricas de muitos mandatários eleitos, percebemos que de que a última pauta a ser salva foi a da Educação Pública.
O que em uma época era qualificada como de qualidade, hoje se encontra altamente sucateada e abandonada. Verdade que em outrora, menos pessoas tinham acesso à Educação Pública, de forma que mais pessoas foram sendo inseridas a partir do momento que o Direito à Educação passou a ser, de modo geral, mais reconhecido socialmente. Todavia, não houve acompanhamento proporcional ao investimento para manutenção da qualidade (ou até mesmo seu aumento) e para ampliação de sua estrutura. O que, consequentemente, levou a um triste sucateamento histórico e queda direta da qualidade. Não por acaso, o “lobby” político do ensino privado no Brasil é um dos maiores, e essa rede de ensino tenha se expandido bastante nos últimos anos.
Dessa forma, cabe a pergunta: A quem interessa uma Educação Pública defasada e abandonada, e quais motivos levaram à expansão da rede privada?
Sabendo dos altos custos do ensino privado e que à classe trabalhadora só resta a rede pública, percebemos que a questão, inevitavelmente, passa pela questão política, incluindo o programa de prioridade de nossos eleitos.
Em um momento em que bancos batem recordes históricos de lucros, em que nossa cidade é foco de todas as atenções do mundo pelos mega-eventos que está abrigando, nos traz perplexidade em saber que aquele tal clichê esteja tão “esquecido”.
A eclosão das atuais manifestações nas ruas nos impeliu a refletir a causa de muitos dos nossos males sociais, inclusive, do real motivo de muitos que protestavam desenvolverem um senso-crítico para estarem ali na praça pública reivindicando os seus direitos... a Educação.
Por isso, não podemos abandonar aqueles que fizeram muitos de nós estudar na gloriosa Faculdade Nacional de Direito, e que são os responsáveis pelo desenvolvimento da cidadania, senso-crítico e inserção no mundo laboral dos filhos das classes menos assistidas pelo Estado brasileiro. Assim sendo, nós do Coletivo Direito de Resistência, cerramos fileiras nas ruas aos profissionais da Educação Pública das rede municipal e estadual, na atual luta pelo seu fortalecimento e expansão, e convocamos todos de nossa faculdade e da sociedade a comporem esse movimento!
Hoje, ato saindo do Largo do Machado, às 15h, em direção ao Palácio Guanabara.
O que a Rede Estadual reivindica:
1) Reajuste de 28%;
2) Derrubada do veto ao Projeto de Lei que garante uma matrícula de professor em apenas uma escola;
3) 30 horas semanais para funcionários;
4) eleição para diretor;
5) fim do plano de metas e do programa de Certificação; 6) regularização dos animadores culturais.
O que a Rede Municipal reivindica:
1) Reajuste de 19%;
2) Plano de carreira unificado;
3) 1/3 da carga horária para planejamento;
4) fim da meritocracia.
Calendário da Rede Estadual:
Sexta (16/08): corrida às escolas pela manhã; ato no Palácio Guanabara, com concentração no Largo do Machado, às 15h;
Segunda (19/08): pela manhã, corrida às escolas; às 14h, ato unificado com a Faetc no Leblon, em frente à residênciado governador;
Terça (20/08): ato na prefeitura unificado com a rede municipal, a partir das 12h;
16 de agosto de 2013
Nota de apoio aos professores agredidos, contra a violência policial e em defesa da educação pública!
Link do evento: https://www.facebook.com/events/501012129993153/
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