Quem somos nós?

Conheça o coletivo Direito de Resistência.

Eleições Caco 2015

O Coletivo Direito de Resistência vem agradecer a todx alunx que participou e legitimou esta eleição que passamos....

1ª Semana da Resistência

O Direito de Resistência e a Criminalização dos Movimentos Sociais

Liberdade para todos os presos políticos. Lutar não é crime

Liberdade para todos os presos políticos. Lutar não é crime

12 de dezembro de 2013

A FND/UFRJ obteve nota 4 na avaliação Trienal da CAPES


Foi divulgada a Avaliação Trienal 2013 da Capes. No Rio de Janeiro o cenário do Direito ficou o seguinte: UNESA obteve nota 5, UFRJ subiu da nota 3 para 4, enquanto a UERJ despenca da nota 6 para 4, PUC-RIO também obteve 4. UNIRIO e UFF ficaram com nota 3.

Parabenizamos todo o corpo docente, discente e técnico-administrativo da Faculdade Nacional de Direito pelo resultado do Mestrado da  PPGD/FND,  acreditamos que a criação do Doutorado é uma passo adiante na reestruturação da Faculdade  e ajudará no processo de recolocação da Nacional como referência no estudo do Direito em todo o Brasil, sendo assim, o Direito de Resistência entende que é nescessário que o corpo discente esteja presente nesta luta.

A Capes - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior avalia os programas, de mestrados, doutorados e mestrados profissionais de todo o Brasil.

7 de dezembro de 2013

Nota: eleições do CACO-UFRJ 2014

Nós, da Chapa 5 - Direito de Resistência, agradecemos a todos os alunos e alunas que participaram das eleições do CACO. Pudemos fazer parte de um processo democrático extremamente construtivo para ambos os lados. Ao longo da campanha e dos três dias de votação tivemos a oportunidade de reacender a chama do intenso debate político e do pensamento crítico, cumprindo com muita garra o papel que só uma oposição consolidada pode fazer.

Foram dias de muito trabalho e aprendizagem, em que pudemos estar ainda mais próximos ao alunado, ouvindo seus anseios, dúvidas, críticas e sugestões, o que foi primordial para nosso crescimento, tanto pessoal como coletivo. Temos a certeza de que ano que vem estaremos ainda mais aptos a representá-los.

Agradecemos à Chapa 1 - Pelo Direito, Sempre!, que juntamente conosco foi parte de uma eleição limpa e construtiva, um processo democrático que só tem a acrescentar à FND.

Agradecemos especialmente a todos os 378 alunos que depositaram sua confiança e seu voto em nós. Vocês contribuíram para reafirmar a importância da dialética na construção de uma FND mais democrática, pautada pela efetiva participação do alunado, que preza pela excelência acadêmica, pela experiência universitária em sua integralidade, pela valorização do conhecimento produzido pela Universidade e pela consciência do papel social e transformador do Direito como instrumento de promoção da igualdade.

Para nós, um coletivo novo disputando sua primeira eleição, essa votação expressiva, que correspondeu a 38,1% do total de votos, representa uma efetiva VITÓRIA. Aproximadamente 40% dos alunos da FND se sentiram representados por nós e por nossas propostas, consolidando o projeto de oposição estruturada, séria e propositiva que apresentamos.

Este ano trabalharemos incansavelmente para, mesmo não sendo gestão do centro acadêmico, colocar em prática todos os projetos que apresentamos e estiverem ao nosso alcance. A FND verá um coletivo de luta, resistindo bravamente, com determinação e garra, como nos mostramos em campanha.

Fizemos tremer as estruturas dessa Faculdade, relembrando seu glorioso passado e mostrando que O NOVO SEMPRE VEM.

Contamos com o apoio e a participação de vocês nesse novo período, e desde já convidamos a todas e todos para resistirem conosco.
Em 2014 a FND vai discutir a relação!
Muito gratos.

Resultados da eleição do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO) para a gestão 2014:

Chapa 1 - CACO: Pelo Direito, Sempre! - 60.3% (598 votos)
Chapa 5 - Direito de Resistência - 38.1% (378 votos)
Votos em Branco - 0.7% (7 votos)
Votos Nulos - 0.9% (9 votos)
Total de votos - 992

DIREITO DE RESISTÊNCIA
AMANHÃ VAI SER MAIOR!

https://www.facebook.com/events/397348010368763/ 


20 de outubro de 2013

TODOS PARA BARRAR O LEILÃO !

O Coletivo Direito de Resistência faz um chamado a todos os estudantes da FND para se juntarem aos atos que ocorrerão na segunda-feira ( 21/10) às 10 horas na Barra da Tijuca em frente ao hotel Windsor e também às 17 horas na candelária. Os atos e manifestações, sobretudo em nossa cidade, vêm ganhando corpo novamente, com o claro desafio de unificação das lutas que estão postas. Justamente esta perspectiva estará colocada na próxima segunda-feira, quando ecoarão gritos de estudantes, petroleiros, professores e de todo o conjunto daqueles e daquelas atingidos pelo entreguismo de Dilma e pelos desmandos e arbitrariedades de seus aliados políticos Cabral e Paes.

O leilão de Libra significará um grande ataque à soberania nacional e aos trabalhadores brasileiros, as perdas serão imensas, já que Libra está estimada em 3 trilhões de reais e será entregue por apenas 15 bilhões de reais. Todo esse montante de dinheiro poderiam ser investidos pelo Estado brasileiro para financiar e apreciar as exigências mais urgentes de nossa população, tais como, educação, saúde e transporte público de qualidade, o que de fato demonstraria sensibilidade do governo em relação às manifestações que persistem em nosso país.

Neste processo de lutas que parecem ressurgir com força, é importante desfazermos algumas ilusões, relembrando o papel nefasto cumprido por aqueles que avaliaram a destinação dos royalties do petróleo para saúde e educação como uma vitória, posição adotada pela União dos Estudantes(UNE). Como é possível conciliar uma posição contrária aos leilões do petróleo e contar como vitória os royalties do petróleo? É necessária muita clareza, aqui, pois os royalties são migalhas, de acordo com levantamento feito pela Auditoria Cidadã da Dívida, somente 1,65% do Pré-sal iria para a educação.

Além disso, condenamos a posição do governo Dilma, aquela mesma que em campanha eleitoral disse que não iria privatizar o pré-sal, aquela mesma que reivindica um passado de lutas, mas que agora envia o Exército e a Força Nacional para garantir o leilão à força, passando por cima dos interesses do país e de nossa população mais precarizada, repetindo FHC. Fica a pergunta, por que o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) não utiliza a abertura política dada pelos processos de luta em nosso país para ir além da tal "governabilidade" ?

Por isso, reafirmamos o chamado para a participação nos atos e manifestações contra esse verdadeiro crime que é o leilão de Libra, a FND, por seu passado de luta, não pode ficar de fora desse processo, contamos com a presença de todos !

O petróleo tem que ser nosso!
Por uma Petrobrás 100% estatal!

20 de agosto de 2013

2º Cine-Debate Agência na Cidade com o tema: Direito à Cidade.

Na sexta-feira (23/08/13) às 17:30 no Salão Nobre da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, ocorrerá o 2º Cine-Debate Agência na Cidade com o tema: Direito à Cidade.


Convidados:
Hanier Ferrer - Agência/Pontão da ECO-UFRJ
Alex Magalhães - IPPUR-UFRJ
Marcelo Magano - Conexão Cultural CDD
Wagner Novais - Cineasta (5x Favela - Agora Por Nós Mesmos, 5x Pacificação, 100MIL RJ, entre outros)

Mediação:
Coletivo Direito de Resistência 

Serão concedidos certificados de 2 horas complementares aos alunos da FND.

Confirmem presença no evento! Conecte-se às redes e ruas!


16 de agosto de 2013

Nota de apoio aos professores agredidos, contra a violência policial e em defesa da educação pública!


Todos nós já ouvimos que “A Educação é a salvação para o povo!”, talvez o clichê político mais consagrado em nossa sociedade. No entanto, infelizmente, quando analisamos a realidade das práticas históricas de muitos mandatários eleitos, percebemos que de que a última pauta a ser salva foi a da Educação Pública.

O que em uma época era qualificada como de qualidade, hoje se encontra altamente sucateada e abandonada. Verdade que em outrora, menos pessoas tinham acesso à Educação Pública, de forma que mais pessoas foram sendo inseridas a partir do momento que o Direito à Educação passou a ser, de modo geral, mais reconhecido socialmente. Todavia, não houve acompanhamento proporcional ao investimento para manutenção da qualidade (ou até mesmo seu aumento) e para ampliação de sua estrutura. O que, consequentemente, levou a um triste sucateamento histórico e queda direta da qualidade. Não por acaso, o “lobby” político do ensino privado no Brasil é um dos maiores, e essa rede de ensino tenha se expandido bastante nos últimos anos.

Dessa forma, cabe a pergunta: A quem interessa uma Educação Pública defasada e abandonada, e quais motivos levaram à expansão da rede privada?

Sabendo dos altos custos do ensino privado e que à classe trabalhadora só resta a rede pública, percebemos que a questão, inevitavelmente, passa pela questão política, incluindo o programa de prioridade de nossos eleitos.

Em um momento em que bancos batem recordes históricos de lucros, em que nossa cidade é foco de todas as atenções do mundo pelos mega-eventos que está abrigando, nos traz perplexidade em saber que aquele tal clichê esteja tão “esquecido”.

A eclosão das atuais manifestações nas ruas nos impeliu a refletir a causa de muitos dos nossos males sociais, inclusive, do real motivo de muitos que protestavam desenvolverem um senso-crítico para estarem ali na praça pública reivindicando os seus direitos... a Educação.

Por isso, não podemos abandonar aqueles que fizeram muitos de nós estudar na gloriosa Faculdade Nacional de Direito, e que são os responsáveis pelo desenvolvimento da cidadania, senso-crítico e inserção no mundo laboral dos filhos das classes menos assistidas pelo Estado brasileiro. Assim sendo, nós do Coletivo Direito de Resistência, cerramos fileiras nas ruas aos profissionais da Educação Pública das rede municipal e estadual, na atual luta pelo seu fortalecimento e expansão, e convocamos todos de nossa faculdade e da sociedade a comporem esse movimento!

Hoje, ato saindo do Largo do Machado, às 15h, em direção ao Palácio Guanabara.

O que a Rede Estadual reivindica:

1) Reajuste de 28%;
2) Derrubada do veto ao Projeto de Lei que garante uma matrícula de professor em apenas uma escola;
3) 30 horas semanais para funcionários;
4) eleição para diretor;
5) fim do plano de metas e do programa de Certificação; 6) regularização dos animadores culturais.

O que a Rede Municipal reivindica:

1) Reajuste de 19%;
2) Plano de carreira unificado;
3) 1/3 da carga horária para planejamento;
4) fim da meritocracia.

Calendário da Rede Estadual:

Sexta (16/08): corrida às escolas pela manhã; ato no Palácio Guanabara, com concentração no Largo do Machado, às 15h;

Segunda (19/08): pela manhã, corrida às escolas; às 14h, ato unificado com a Faetc no Leblon, em frente à residênciado governador;

Terça (20/08): ato na prefeitura unificado com a rede municipal, a partir das 12h;

NOTA DO COLETIVO DIREITO DE RESISTÊNCIA SOBRE O ESTATUTO DA JUVENTUDE

O Coletivo Direito de Resistência vem por meio desta nota expor sua análise crítica do “Estatuto da Juventude”, recentemente aprovado. Vamos nos pautar aqui pelas bandeiras mais comuns e de maior acúmulo do Movimento Estudantil como um todo para a juventude, sem, contudo, ter a pretensão de esgotar o tema. 

Primeiramente, cabe ressaltar que o Estatuto, de forma geral, como promoção de direitos de um grupo particular da sociedade é positivo e bem-vindo. Por outro lado, não podemos nos furtar de questionar o seu teor e também o enfrentamento prático das principais demandas impulsionadas pela juventude ao longo dos anos e, sobretudo, no contexto de manifestações em que esta foi protagonista. 

No tocante à Educação, não encontramos nenhum avanço quanto as duas pautas recorrentes, o 10% do PIB para a educação e a garantia de um ensino público e gratuito de qualidade em todos os níveis. O artigo 8º, por exemplo, reafirma o ensino superior privado - “O jovem tem direito à educação superior, em instituições públicas ou privadas, com variados graus de abrangência do saber ou especialização do conhecimento, observadas as regras de acesso de cada instituição”. Entendemos que, com o aumento do investimento em educação e o atendimento dos 10% do PIB para educação, seria perfeitamente possível universalizar o acesso ao ensino superior público, gratuito e de qualidade. Porém, vemos atualmente o governo investir na ocupação de vagas ociosas no ensino superior privado como forma de universalizar o ensino superior, além de incentivar a proliferação do mesmo. Segundo o Censo da Educação Superior (INEP, 2010), entre 2003 e 2009, a rede pública cresceu 18,9%; a rede privada, que já era maioria, cresceu 36,9%. Ou seja, o dobro. Essa constatação é preocupante porque, em 2001, as IES privadas já correspondiam a 68,9% das matrículas no ensino superior. Em 2010, essa participação chegou a 74,2%. 

Esse quadro revela, ainda que de forma não definitiva, uma privatização forte do ensino superior e a qualificação da Educação não como direito, mas como mercadoria. Assim, lamentamos que no Estatuto não haja sequer uma menção da universalização do ensino superior público como objetivo a ser alcançado no que concerne a Educação.
No que se refere à Cultura, o Estatuto possui erros graves, tais como a limitação de 40% do benefício da meia-entrada para estudantes e a emissão de carteiras de identificação estudantil “preferencialmente” pela UNE/UBES, o que constitui um sinal de retorno ao monopólio das carteirinhas. Aqui repudiamos a posição de parte da UNE que sempre defendeu a limitação da meia-entrada e agora muda seu discurso, sem ao menos fazer uma auto-crítica, em uma manifestação, no mínimo, questionável de parte desta entidade. Entendemos que a aprovação do estatuto sem o veto às citadas medidas constituem um ataque ao que sempre foi defendido pelo conjunto do movimento estudantil. Quanto ao direito à mobilidade e ao transporte, encontramos um absoluto silêncio ao principal tema levantado pela juventude nas manifestações que inundaram todo o país: o passe livre. A única medida que avançava na garantia da meia-entrada no transporte interestadual foi vetada por Dilma. O passe livre significaria um importante instrumento de democratização e de assistência estudantil, já que grande parte dos gastos dos estudantes derivam dos transportes. 

Sobre o direito à saúde, é importante ressaltar o artigo 20, inciso I “acesso universal e gratuito ao Sistema Único de Saúde - SUS e a serviços de saúde humanizados e de qualidade, que respeitem as especificidades do jovem ” pela reafirmação do SUS, porém, sabemos que o SUS necessita de investimentos e que tal medida deveria vir acompanhada por outra bandeira do movimento estudantil, que são os 6%, ao menos, do PIB para a saúde. 

Por fim, sobre a segurança e acesso à justiça, o Estatuto não apresenta ferramentas para uma resposta prática ao elevado número de homicídios da população jovem, sobretudo, negra. Segundo estudo Mapa da Violência 2013, Homicídios e Juventude no Brasil em 2011 53,4% do jovens tiveram como causa da morte o homicídio, o número de vítimas brancas caiu de 18.867 em 2002 para 13.895 em 2011, o que representou um significativo decréscimo: 26,4% . Já as vítimas negras, cresceram de 26.952 para 35.297 no mesmo período, isto é, um aumento de 30,6%%. Entendemos que um dos fatores que explica essa diferença na proporção de vitimização de brancos e negros é a política proibicionista, a chamada “guerra às drogas”, que acentua o racismo, penaliza a pobreza e áreas periféricas, ainda mais quando atrelada à atuação da polícia, sobretudo, a militar, nesse enfrentamento, exemplificado nas recentes mortes na Maré. Por isso, defendemos o fim do proibicionismo, indiretamente reafirmadas no estatuto, e a desmilitarização da polícia. 

Concluímos, então, que o Estatuto da Juventude não é uma vitória das lutas do movimento estudantil, pois não abarca muita de suas bandeiras e apresenta retrocesso em alguns pontos. Reafirmamos a solidariedade e participação na continuidade da luta da juventude que mostrou sua capacidade combativa, quando atua independentemente de trocas políticas e antenada às demandas dos estudantes e da sociedade como um todo.

6 de agosto de 2013

Dia nacional de mobilização contra o PL 4330

Fazemos um chamado ao dia nacional de mobilização contra o PL 4330 que ocorrerá no dia 6 de agosto, entendemos que tal medida tem por objetivo consagrar uma regulação trabalhista danosa aos interesses dos trabalhadores. A precarização do trabalho no Brasil é um fato, alimentada pela opção neoliberal dos governos FHC e Lula, avança sobre os direitos e salários dos trabalhadores, construindo um quadro de superexploração da força de trabalho no país. Esse processo de flexibilização funcional, da jornada de trabalho e salarial, de grande rotatividade é acompanhado de uma ofensiva também a capacidade de mobilização e politização, da solidariedade entre os trabalhadores. Nesse momento de ascenso popular, inflamado pela juventude, onde as massas ganham as ruas, passam a exigir direitos, postam-se contra ao governo e aos interesses da burguesia que este representa, a luta dos trabalhadores tem que ressoar junto a este processo, é fundamental essa coalizão de forças. Nós do Coletivo Direito de Resistência dizemos não ao PL 4330 e sim a uma política de valorização dos trabalhadores, de garantia de seus direitos, de sua autonomia e capacidade de mobilização!

Grande plenária popular de preparação para a CPI dos Ônibus

No dia de hoje, acontecerá no auditório do Clube de Engenharia, na Av Rio Branco, às 18 h, a primeira plenária popular de preparação para a CPI dos ônibus que será instaurada esse mês.

O Coletivo Direito de Resistência entende que a organização e mobilização dos movimentos sociais junto à população carioca nesse momento é essencial para que possamos alcançar nossos objetivos, desmantelando a máfia dos transportes públicos que há muito se instaurou na nossa cidade. Em busca de um transporte público de qualidade e que nunca mais tenhamos baratas sugando nosso direito ao transporte, convocamos tod@s a comparecer à plenária.

TODOS À LUTA!

12 de julho de 2013

Nota sobre a greve geral do dia 11 de Julho de 2013

O Coletivo Direito de Resistência, seguindo seu princípio da ação direta, vem por meio desta nota externar seu apoio à greve geral que se realizará no dia 11 de Julho. Entendemos que a conjuntura atual no país aponta profundos questionamentos da população frente aos últimos governos, que não foram capazes de dar respostas objetivas aos problemas chaves de nossa sociedade, tais como saúde, educação, segurança e transporte. Colocamos-nos solidariamente ao lado da classe trabalhadora, dos sindicatos e dos movimentos sindicais nessa luta, entendemos que cabe ao estudante ultrapassar as fronteiras da Universidade e se pôr lado a lado das manifestações populares, que façamos juntos o grito de que "não são só 0,20 centavos!”.
Nossa luta se faz nas contradições que emergem no mundo todo, onde começa aflorar uma crise profunda de legitimidade da forma de "democracia" que nos é concedida, há um claro indicativo de que as mudanças virão a partir do exercício da soberania popular, da atuação do povo enquanto sujeito legítimo de transformação social. As últimas manifestações cumpriram o grande papel de reafirmar o poder da comunhão do povo, mas é preciso lutar contra o discurso que se constrói na mídia, chamamos a atenção para um discurso contra-hegemônico que nasce dentro da mobilização genuinamente popular, questionando a estrutura social brasileira, engendrada pós-64, da qual não rompemos, fundamentalmente, até os dias de hoje. Nós não nos conformamos em viver em um país ao mesmo tempo tão rico e com tanta desigualdade social. Pelo Direito de Resistência, vamos às ruas!

20 de abril de 2013

Apresentação


"A universidade deve se pintar de negro, de índio, operário e camponês. Ou então ficar sem portas; para que o povo possa ocupa-la e pintá-la com as cores que ele quiser..." Che Guevara   
  "Direito de Resistência é um coletivo formado em 2013 na Faculdade Nacional de direito da UFRJ voltado a trazer debates de cunho jurídico com forte carga sócio-política, em especial que envolvam setores que tradicionalmente não são contemplados pelo status quo dominante."


Prezado corpo discente da Faculdade Nacional de Direto,

Apresentamos a vocês o coletivo Direito de Resistência, que começou a ser pensado no fim de 2012 e que agora, em abril de 2013, passa a existir oficialmente. O objetivo principal é trazer debates de cunho jurídico com forte carga sócio-política, em especial que envolvam setores que tradicionalmente têm seus interesses à margem das decisões políticas e jurídicas, sendo representados de modo geral pelos diversos movimentos sociais. Somos um coletivo que se dispõe a agregar todas as pessoas que possuem afinidades com os pontos a seguir e acreditam que podem construir junto conosco, independentemente de já comporem outros grupos.

Em nossa perspectiva, o poder legislativo e o aparato judiciário agem na maioria das ocasiões para consolidar o status quo e não para trazer a justiça e o equilíbrio social. De certa forma, o próprio Direito enquanto área do conhecimento colabora para a consolidação da injustiça quando se prende ao dogmatismo que muitas vezes vemos nas salas de aula e se abstém de discutir qual o seu papel para o aprimoramento social.

E quando falamos desse “Direito”, estamos nos referindo não só aos professores, juízes, advogados e outros operadores do Direito, mas também, e principalmente, a nós mesmos, estudantes, e a nossas entidades representativas, que acabam ignorando diversas discussões extremamente relevantes para um Direito que se propõe a ser protagonista das necessárias transformações sociais, extinguir a opressão a minorias e a trazer avanços nas lutas dos trabalhadores. Cabe lembrar que são os indivíduos que compõe a sociedade, mesmo o mais humilde deles, que pagam impostos nem que seja ao comprar o feijão e o arroz de cada dia, que financiam toda a estrutura da UFRJ, para que nós possamos ter excelência acadêmica.

É necessário que a comunidade acadêmica reconheça que a Universidade pertence à sociedade e deve existir para a sociedade, devendo estar atenta e trabalhar para atender as demandas sociais e populares. Uma vez que nossa educação é também financiada pelas classes que mais sofrem abusos e injustiças, não seria nosso papel tentar romper com esse paradigma?

Em nossa visão, alguns conceitos devem ser tratados como princípios que guiam as ações de nosso coletivo, como:

democracia, tanto no que tange a organização do coletivo, buscando a real participação dos estudantes que compartilham dos mesmos ideais em reuniões abertas, fóruns e enquetes para debater os rumos do coletivo, sempre guiados pela democracia direta, todos com o mesmo peso, quanto no que se refere a democracia de modo mais amplo, se posicionando em questões externas, mesmo que de forma apenas simbólica;

transparência, para divulgar as ações praticadas e para informar com precisão de onde vem o financiamento de nossas atividades, quais os nossos objetivos almejados, como nos posicionamos frente as principais questões acadêmicas, jurídicas e políticas;

solidariedade, interna e externa. Internamente os membros do coletivo devem recepcionar o aluno que chega ou que tem dificuldades em qualquer âmbito, para procurar ajudar a minimizar os problemas gerados. Externamente não podemos achar que a FND é o centro do universo. Não se pode fechar os olhos, tratar como se não existisse, os problemas de outros cursos, outras comunidades. Por isso defendemos que haja a constante provocação para que se discutam essas questões;

ação direta, se colocando como um instrumento de aprimoramento da FND através tanto de manifestações como de projetos isolados, independente da participação em processos eleitorais;

suprapartidarismo e independência política, pois acreditamos que nossa atuação não pode jamais se pautar pelo posicionamento de nenhum partido político. Devemos fazer o debate com a sociedade sempre, por mais que isso não agrade a governo ou a qualquer ideário. Por outro lado, não seria coerente com nosso primeiro princípio que qualquer estudante fosse excluído de estar conosco por estar filiado a um partido ou qualquer outra organização que não se choque com nossos princípios, portanto, todos são bem-vindos;

independência financeira, buscando, através de ações próprias, recursos para financiar seus eventos e atos por acreditar que esse ponto é essencial para verdadeira independência do coletivo, pois como diz o conhecido ditado popular, “quem paga a banda escolhe a música”.

Deixamos aqui a lembrança de que para nosso grupo o diálogo sempre continuará aberto para construir junto aos demais grupos da FND, apesar dos conflitos que certamente surgirão. Nós acreditamos em mudanças. Inclusive (e talvez principalmente), acreditamos na mudança de atitude das pessoas. Com isso, nos despedimos deixando o convite para você, que compartilha dos mesmos ideais expostos acima, vir construir esse novo coletivo, por um novo modelo de se pensar política na FND.

Por fim, gostaríamos de convidar a todos os interessados, aos curiosos, aos que concordam totalmente ou em parte conosco e até mesmo os que discordam de nossas posições e estão dispostos a debater construtivamente, que venham participar da nossa página no Facebook e acompanhem nossos próximos eventos e reuniões. Venham nos conhecer!